Eu pessoalmente gosto de regras, mas, não de todas. As criadas pelos humanos e sobretudo as que são meros costumes, os quais a explicação para a sua origem se perdeu no tempo ou ainda pior quando existem várias hipóteses que disputam entre si como a verdadeira origem daquilo, isso me causa um incômodo.
Por isso, eu penso que as regras que tem um fim em si mesmas, onde não há causa originária definida e que simplesmente devem ser obedecidas por força dos costumes e da tradição, nestas vejo que temos o dever de questionar se elas são benéficas ou inócuas, se não atenderem a nenhum destes dois princípios que sejam abolidas.
Por exemplo, por qual motivo existe o desprezível trote universitário? É um costume que se enquadra no rol das coisas que me desagradam.
Confesso que já participei de dois, como vítima e como executor, porém, nas últimas décadas cheguei a conclusão que não participarei de atos bárbaros dos quais não se enquadram nos princípios supramencionados.
Dito isso, voltemos as regras que amo, como a de se fazer um bom arroz, que seja soltinho, perfeito e aprazível ao paladar.
O segredo está na proporção, e nas etapas do processo, primeiro esquente a panela, estando aquecida jogue óleo e uma porção de alho, alguns gostam de mais outros de menos, o importante é que tenha, deixe-o dourar, mas, mexa para que não queime.
Atingida está etapa, coloque a porção desejada de arroz, como um copo ou dois, ficando também está quantidade ao gosto do freguês.
Porém, se atenha apenas ao fato de que ao cozinhar, o grão irá expandir, então, se colocar demais pode até transbordar a panela.
Então, feito isso, lembre da única coisa que teoricamente é uma regra de ouro, em todo esse processo, as demais dependem da sua vontade, mas, essa não, se quebrada, você terá problemas.
Para cada porção de arroz, deve-se adicionar o dobro de água.
Logo, se coloquei um copo de arroz de 300ML, teremos que ter o mesmo volume dobrado de água. Ou seja, 600ML.
Essa regra deve ser seguida com mais atenção e presteza do que qualquer outra, cobrir a panela ou não, isso é opcional e varia de pessoa para pessoa.
Sendo que evidentemente terá impactos na velocidade e forma de cozimento, assim, como a potência da boca, que pode estar no máximo em todo o processo, caso esteja descoberta e a proporção acima seja obedecida.
Na maioria das safras e qualidade e marcas essas regra da proporção se mantém, porém, pode acontecer, principalmente se for feito em fogo alto e sem estar coberto, a depender da dureza do arroz e do tempo de torra que ele não esteja cozido quando secar a água.
Nesse caso, adicione mais uma porção de água e mantenha todas as condições anteriores, como fogo alto e destampado.
Eu chamo este de o arroz dos desesperados e impacientes, que gostam de gastar mais gás para ter o arroz pronto mais rápido e assumir o risco deste queimar.
Em média um arroz feito desta forma estará pronto entre 10 e 15 minutos.
Marque um intervalo de 10 minutos do começo do cozimento e depois vá ver como está.
Então, se necessário faça as correções necessárias supramencionadas e/ou adicione mais tempo ao seu cronômetro, seja cuidadoso e adicione pouco tempo, não vamos queimar nosso arroz.
Boa sorte e lembre-se da proporção de 2:1 (dois para um).
A REGRA DE OURO.